Nas redes sociais, João Augusto Borges, 21 anos, parecia um paizão. Mas ele foi preso suspeito de matar e atear fogo no corpo da companheira e da filha, Sophie, que ainda ia fazer dois anos. O crime brutal, foi cometido ontem (26) em Campo Grande (MS).
As imagens, tanto da jovem quanto da bebezinha, nem de longe são indicativos do crime bárbaro, que João Augusto confessou em um depoimento marcado pela frieza e total ausência de remorso. Os corpos carbonizados das vítimas foram encontrados em um terreno baldio no bairro Indubrasil, nesta madrugada.
Durante o interrogatório, o suspeito admitiu ter matado a companheira e a filha, alegando estar cansado do relacionamento e, principalmente, por não querer pagar pensão alimentícia. “Cansei, sinceramente cansei do relacionamento e não queria pagar pensão”, declarou, de forma direta.
Questionado pelos investigadores sobre o assassinato da própria filha, ele negou que o motivo tenha sido exclusivamente financeiro, mencionando supostas “influências”. Ao ser pressionado, citou uma colega de trabalho, mas afirmou que ela não teria pedido a morte da criança. “Foi mais por causa de influências mesmo”, disse, sem dar detalhes claros sobre o papel dessa mulher na decisão.
O tom do depoimento impressionou os policiais pela falta de emoção, mesmo ao se referir à filha, uma criança de apenas um a dois anos de idade. A crueldade do crime, a tentativa de ocultação por meio do fogo e a justificativa apresentada chocaram a equipe de investigação e a opinião pública.
A polícia ainda aguarda a confirmação oficial da identidade das vítimas, que tiveram os corpos completamente carbonizados. A mulher teria cerca de 30 anos e a criança seria sua filha.
O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios de Campo Grande. As circunstâncias exatas do crime, a participação de possíveis cúmplices e o papel da mulher citada pelo suspeito estão sendo apuradas.