Diante do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Campo Grande, a direção do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) emitiu um comunicado nesta segunda-feira (28), orientando os professores da rede pública a intensificarem as medidas de biossegurança nas escolas.
O presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, expressou a preocupação da entidade com a saúde dos educadores, estudantes e suas famílias, ressaltando a necessidade de reforçar cuidados em função da alta transmissão. As orientações incluem o uso contínuo de máscaras em ambientes fechados, higienização frequente das mãos com álcool em gel, manutenção de ambientes bem ventilados e afastamento imediato em caso de sintomas respiratórios.
Durante uma reunião extraordinária com o Centro de Operações de Emergência (COE) no sábado (26), a Prefeitura de Campo Grande e a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) deliberaram ações emergenciais para conter o aumento de doenças respiratórias e arboviroses na cidade. Foi publicado o Decreto nº 16.246, que declara Situação de Emergência por 90 dias, devido à superlotação das unidades de saúde e ao aumento de casos, especialmente entre crianças menores de um ano.
Desde o início do ano, foram registrados 971 casos de SRAG, com 486 confirmações e 66 óbitos. Os vírus mais comuns detectados incluem o Influenza A, o Rinovírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), associado a quadros graves em bebês com menos de seis meses.
As medidas emergenciais adotadas incluem:
- Ampliação da vacinação contra Influenza para a população a partir dos seis meses de idade;
- Implantação de atendimento pediátrico 24h nas UPAs Universitário e Coronel Antonino, além do Pronto Atendimento Infantil do CRS Tiradentes;
- Organização de insumos, medicamentos, reforço de recursos humanos e reestruturação de espaços físicos das unidades de saúde;
- Abertura de novos leitos pediátricos em municípios do interior para aliviar a sobrecarga em Campo Grande.
A Prefeitura também implantou o projeto “Aluno Imunizado”, levando equipes de vacinação e ações educativas às escolas municipais e estaduais, como parte da estratégia de proteção dos estudantes.
Gilvano Bronzoni enfatizou a importância da participação dos educadores nas medidas de prevenção, destacando que a vacinação e as práticas de biossegurança são essenciais. Ele também reforçou a necessidade de todos se vacinarem como forma de proteger a comunidade escolar e quebrar a cadeia de transmissão dos vírus.