Em seu testemunho na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Fabiano Garcia Sanches, 41, suspeito no caso do assassinato violento da corretora Amalha Cristina Mariano Garcia, 43, admitiu ter cometido o crime após uma briga relacionada ao relacionamento. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (27) em uma coletiva de imprensa.
Ele a convidou para ir até sua residência para solicitar um empréstimo, mas ela compareceu esperando iniciar um relacionamento, relatou à autoridade policial. Eles se conheceram, foram juntos a um bar e chegaram a se beijar, a partir desse momento, passaram a se comunicar com frequência.
No ano anterior, Amalha concedeu emprestado aproximadamente R$ 700 em espécie para Fabiano, já que ela costumava emprestar dinheiro com juros. O montante foi devolvido e, neste dia 21, ele a convidou para ir até sua residência a fim de solicitar outro empréstimo.
Amalha compareceu à residência de Fabiano com a intuito de iniciar um relacionamento, porém, ao chegar lá, descobriu que ele era casado. A partir disso, os dois iniciaram uma discussão.
Neste instante, ele se aproximou dela e, de repente, ela escorregou, batendo a cabeça em um vaso de cimento, relataram. O impacto resultou em um corte profundo e sangramento intenso.
Em um estado de desespero, ele decidiu levar Amalha em seu veículo até o porto, porém ao chegar lá, Fabiano notou que ela ainda respirava. Nesse instante, ele teria a agredido mais um pouco, arrastado seu corpo e o coberto com um saco preto.
Depois de esconder o corpo, ele teria se livrado dos pertences pessoais de Amalha, como bolsa e cartão de crédito, e então escapado com o carro dela. Enquanto fugia, o telefone celular dela teria tocado, então ele o teria jogado na margem da estrada, perto do lixão.
Segundo a investigação, as impressões digitais da esposa de Fabiano foram encontradas no carro de Amália, mas segundo a polícia ela não tinha ligação com o crime. A mulher trabalhava fora da cidade e no dia do crime Fabiano iria buscá-la no ponto de ônibus no carro da vítima. O ex-namorado de Amalha também foi interrogado pela polícia em Ponta Porã onde morava. Porém, a localização de seu celular comprovou que ele não estava em Campo Grande no momento do crime e, portanto, não teve envolvimento na morte.
Ainda nesta segunda, um homem que estava negociando o carro da corretora, se entregou na Deam. Aos policiais, ele afirmou que foi procurado por Fabiano, que lhe enviou fotos do veículo e pediu para que vendesse o carro. Ele deve responder por recepção, já que ele não teve participação na morte e não estava ciente do que tinha acontecido.
Os dois homens suspeitos, que foram inicialmente presos com o carro da vítima, foram liberados. As duas mulheres também foram soltas. Uma das mulheres presas é esposa do homem que estava vendendo o veículo. Nenhum tem ligação direta com a morte da Amalha.
Ainda segundo a delegada, a versão que Fabiano contou na Deam não bate com a versão que ele relatou para o Batalhão de Choque. Na primeira versão ele teria dito que propôs a Amalha um golpe do seguro, usando o carro dela.
Durante o depoimento, ele ainda disse que não tinha a intenção de matá-la, tendo ocorrido após a situação sair do controle. Em alguns momentos, ele chegou a chorar, demonstrando emoção. Ele afirmou que, após Amalha bater a cabeça, se desesperou e, por achar que estava morta, só pensou em se livrar do corpo.
Ele ainda relatou que se livrou do corpo e, em seguida, limpou a casa porque esperava a visita da mãe, que estava próximo de chegar com o filho dele. Fabiano teria afirmado que queria a casa em ordem para não levantar suspeitas.
Fabiano continua preso na Deam. Ele deve passar por exame de corpo de delito.
Com informações: TopMídiaNews