Com a senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina sempre em destaque, a federação União Progressistas, que une o PP e o União Brasil, se tornou agora a maior força no Congresso Nacional, contando com 109 deputados e 14 senadores. Além de Tereza no Senado o PP de MS tem Luiz Ovando, na Câmara.
Já na Assembleia Legislativa, tem o presidente Gerson Claro como grande expoente e a prefeita da Capital, Adriane Lopes.
O grupo também divulgou um manifesto durante a formalização desta terça-feira (29), mostrando uma “bandeira em comum”: a reforma administrativa.
E claro, críticas ferrenhas ao atual governo Lula, sem citar o nome do atual presidente e esquecendo os escândalos de corrupção do governo anterior apoiado por ela.
“O Brasil não pode continuar sem crescer, não pode continuar com esses escândalos de corrupção, o Brasil não pode continuar da maneira que está”, criticou a senadora, que fez questão de ressaltar que a UP será “bloco forte para convencer outros parlamentares a virem conosco numa agenda para o Brasil”.
Fazendo alusões marítimas, Tereza Cristina pontuou que a “tão sonhada” a federação precisa de “braços”.
“Ganhamos hoje um transatlântico, mas precisamos de Bondes timoneiros. Nada disso vai adiantar se nós não tivermos o propósito, senador Círio e tenho certeza que vamos conseguir, de transformarmos o nosso país”, ressaltou.
Oriunda do União Brasil, a ex-deputada federal Rose Modesto comanda o União Brasil em Mato Grosso do Sul.
Manifesto
Conforme o site Congresso em Foco, o documento foi apresentado na cerimônia de lançamento da federação pelos co-presidentes Antônio Rueda, do União Brasil, e Ciro Nogueira, do PP. Com essa união, os dois partidos passam a atuar como uma única entidade, compartilhando lideranças e recursos dos fundos Partidário e Eleitoral.
Durante a leitura do manifesto, os co-presidentes Antônio Rueda e Ciro Nogueira se revezaram. O texto aponta que o Brasil necessita de uma “Reforma Modernizadora do Estado”, que vai além de uma simples reforma administrativa. Para os partidos, é essencial “promover a inovação por meio do uso intensivo e extensivo de tecnologias avançadas de gestão; repensar a dimensão dos entes estatais; e revisar a estrutura de cada um dos poderes”.
O manifesto critica o modelo estatal atual, considerado um obstáculo ao desenvolvimento. “Manter o tamanho e o peso atuais do Estado é estar na contramão do progresso que defendemos”, afirma o documento. Para a federação, o Estado deve atuar em áreas essenciais, mas também “abrir espaço para que a economia do país possa prosperar”.
Essa proposta surge em meio a um diagnóstico de estagnação econômica. O manifesto argumenta que, ao longo de 40 anos de democracia, o Brasil “falhou […] em romper o ciclo de letargia econômica” e sugere um “Choque de Prosperidade” por meio de reformas regulatórias e fiscais.
“Isso será alcançado através do estímulo ao capital nacional, da mobilização criativa dos milhões de empreendedores, da atração de investimentos externos, que aumentarão em volume atraídos pela previsibilidade institucional e fiscal, e da melhor inserção do país nos circuitos comerciais internacionais, participando das cadeias globais de valor”, afirma a federação.
A reforma administrativa também teve destaque no vídeo de lançamento do novo bloco.